A palavra gestão já integra o vocabulário empresarial e da literatura. Baseado nisso, façamos uma rápida viagem no tempo, refletindo a respeito deste instigante tema. Antes, porém, relembro que o fundamental de uma boa gestão é atender às necessidades dos clientes, afinal de contas, não existe empresa bem-sucedida sem que haja cliente ‘satisfeito’.

Até pouco tempo, antes da invasão da era eletrônica, as empresas atuavam basicamente com serviço braçal, razão pela qual tinham que trabalhar, e muito, utilizando o máximo do potencial físico de seus empregados. Não existiam poderosos computadores, impressoras a laser, muito menos a Internet. Havia, apenas, a antiga máquina de escrever.

Como as empresas não tinham tempo para pensar em estratégias, restava trabalhar e trabalhar. Os clientes se sujeitavam a aguardar e aceitavam os serviços oferecidos. Hoje, entretanto, caso demore um pouco mais a serem acolhidos ou recebam atendimento insatisfatório, saem do estabelecimento em busca de um lugar que os receba melhor ou o produto do concorrente ao lado tenha mais qualidade. Por isso, ironiza-se dizendo que cliente é mais que ‘Deus’, porque ‘Deus’ perdoa, cliente não.

Com o avanço tecnológico, a globalização e o aumento da concorrência, entre outros fatores, as empresas, para sobreviverem e vencerem ‘a crise’, tiveram que acompanhar as mudanças, modernizando seus processos internos, investindo muito no capital humano, em tecnologia e nas necessidades dos clientes.

Aliás, apenas satisfazer não basta. As famosas frases de efeito, como satisfazer, superar, surpreender, encantar e antecipar os desejos dos clientes não funcionam mais. Temos que nos comprometer com o sucesso dos clientes. As empresas que estão obtendo resultados positivos em plena época de ‘crise’, ao invés de utilizar o trabalho físico de seus empregados, estão aproveitando seu potencial intelectual, fazendo com que eles interajam na gestão, tendo-os como elementos importantes, migrando de empregados para colaboradores, de grupos de trabalhos para equipes comprometidas com o sucesso da empresa e do cliente.

Outro importante patrimônio é o banco de dados. Bem gerenciado, pode proporcionar uma série de benefícios, pois a informação precisa é a moeda do momento. Com ferramentas como pesquisas, gráficos e monitoramentos, as organizações têm como objetivo administrar as informações e obter resultados superiores. Assim, a gestão nada mais é do que administrar a sua empresa utilizando-se de técnicas e ferramentas disponíveis, lembrando sempre que somente conseguiremos obter êxito com a participação ativa de pessoal qualificado e motivado.

Para as empresas que estão acomodadas, aguardando a crise passar, convém ligar o sinal de alerta, pois certamente a crise há de aumentar. As chamadas crises abrem novos horizontes para aqueles mais capazes, que visualizam oportunidades no meio das ‘turbulências’. A missão não é fácil, pois reunir atendimento personalizado, qualidade, preço competitivo e uma equipe motivada requer muito talento empreendedor.

Nunca perca de vista que os vencedores fazem aquilo que os perdedores deixam de fazer. Segundo Peter Drucker, considerado o papa da consultoria no mundo corporativo: “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Tratemos, pois, de colocar em prática a criatividade, transformando sonhos em realidade, com boa gestão empresarial, pessoal e financeira, o que por certo resulta na qualificação das empresas e, consequentemente, nós, os consumidores e os clientes, somos os principais beneficiados.

Autor Julio Cesar Soares da Silva

“Estamos nos afogando em informação e famintos por sabedoria”. Biólogo Americano Edward O.Wilson


Julio Cesar Soares da Silva

Gestor, advogado, pós-graduado em Recursos Humanos e Direito Imobiliário, palestrante e filantropo, Julio Cesar Soares da Silva é Diretor-Presidente da Guarida Imóveis.

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